A Lira de Orfeu
A Lira de OrfeuComo uma canção o meu pensamento vai.
Procuro a lira de Orfeu.
Magia do encontro dos grandes amores.
Cantarei as mais belas cantigas
Possuídas pela imensa magia
Que soa da lira em altos tenores
Quando acordares, meu grande amor,
Levar-te-ei comigo ao caminho da felicidade.
E sobre as plumas das minhas asas
Andarás sobre os lugares mais elevados
Até a eternidade.
Da Trácia o augusto e sonoro símbolo
Faz domar feras mesmo em seus domínios
Sem a lira, Orfeu, no entanto,
Perde todo o seu encanto.
Ode a Ísis
Que perfume sinto no ar!Ó Ísis, deixe-me sentir essa fragrância que enleva a minh'alma!Magia que me faz renascer das cinzas como uma fênix,Pois as penas que me causam a vida tocam-me como a um sino velhoBatendo sem forças ao impulso dos ventosÉs sempre a esperança das almas despedaçadas pela tirania humana.A ti recorro como uma gaivota que encontra o farolDepois de uma longa e vasta jornada.
Filósofa e poetisa, Maria Angélica publica junto ao Celeiro de Escritores seu poema "Flor da Noite"
Escritora publica em coletânea no início de 2007Poema selecionado para compor o quarto volume da coletânea de poemas, crônicas e contos denominada Eldorado, "Flor da Noite" brota da sensibilidade poética e do estilo inconfundível daquela que ama representações míticas dos deuses egípcios, bem como de toda a mitologia greco-romana. Maria Angélica une o útil ao agradável, história e literatura, poesia e fé. Símbolo do zelo e da dedicação "Ísis" deusa mãe do Egito, é mulher em todas as dimensões da feminilidade, a Eva e a Maria, a mãe e a esposa, mas sobretudo é a que une os universos fronteiriços da vida e da morte. A Flor da Noite embevece o céu e lhe procura o favor da eternidade, o amor, a caridade. É ela ao mesmo tempo o facínio humano da beleza e da dor, perda e favor, antítese do humano, deusa divina e profana. Quem a favor da vida? Quem a favor do homem? A autora encontra nesta figura a melhor metáfora para representar o enlace etéreo das divindades e da crença com o que é mais simples e sensível a nossos olhos: A florAo alcance das almas desprovidas do afago e dos favores divinos, surge o arquétipo do amor e afugenta a morte e a desesperança. Presta-lhes o favor da redenção a mítica flor, mulher e deusa Ísis. É noite, mas a Flor da Noite deixa refletir a luz em suas pétalas. É noite, é dor, é perda, mas é também refrigério, é força e presença, no aroma, no enlevar das almas, na vida eterna...Amém!rsrsrsrs. Desculpem o trocadilho, entretanto, aconselho, perpassar o leitor os olhos sobre a poética desta esmerada autora, profunda pesquisadora da mitologia e para que possam melhor assimilar a riqueza das imagens que nos sugerem seus textos. No mais, só mesmo lendo e descobrindo.
Sejam Bem-vindos!
Flor da noite.Vejo, à noite, as estrelas dançarem a valsa entoadaPelas sinfonias de Beethoven e Mozart.Quanta alegria no ar!É Ísis a acalentar as almasQue em seus ninhos ficam a sonhar.E eu estou aqui, mais uma vez nesta noite em missão.Devo perfumar e levar com meu aroma junto as preces eternizadas das almas que saem do mar.Vou levando comigo tudo que há de mais belo no universo:As almas daqueles que serão eternos, dos que trabalharam fomentando esperanças, ou praticando a caridade.E eu...Eu estarei sempre aqui, refletindo as estrelas em minhas pétalas.Qual luminária florescente...Qual lira lúcida...Aos tímpanos de deuses.Perene...Sempre...Eternamente...A flor da luz crepuscular A Flor da noite.